Mulher Lobo

Entre Árvores, Montanhas e Lagos,

Eu vivo na Floresta do Coração:
O Pulsante Tambor dos Instintos.
Eu sou a Natureza Primitiva;

O Alimento de sua Alma.
Meu Talismã é a Luz da Intuição,

Guiando-me como as Estrelas na Celestial Escuridão.
Encontre-me na Mata Selvagem e Uive para mim!

Eu sou o Lar da sua Alma,

A Mulher Selvagem!

Eu sou o Lar da sua Alma,

Astuta Guerreira!

Seu olhar não tem mais Vida?

ENTÃO UIVE PARA MIM!

Sua Alma está faminta?

ENTÃO UIVE PARA MIM!

Eu danço com a Morte para gerar nova Vida...
O meu Espírito é Forte,

Natureza Destemida.
Eu desbravo os Mistérios,

Sou o Luar Inconstante,

Uma Doce Bacante,

O Sagrado Feminino.

Seu olhar não tem mais Vida?

ENTÃO UIVE PARA MIM!

Sua Alma está faminta?

ENTÃO UIVE PARA MIM!

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O Espírito Verde

Trilha - Floresta - Caminho Ancestral

Medicina Sagrada - Ervas - Sabedoria Vegetal

Casulo - Borboleta - Morte - Transformação - Vida

Profundidade - Jornada Interior - Autoconhecimento

O Espírito das Plantas me disse... O Espírito Verde:

O Amor é a mais Pura Iniciação!

A Cura da Alma!

Eu escuto o teu Chamado...

Comunhão - Expansão - Conexão: Unos com a Teia da Vida!

Natureza - Sons - Imagens: Vivências que as palavras não podem explicar!

Eu escuto o teu Chamado...

O Espírito das Plantas me disse... O Espírito Verde:

No Caminho do Amor,

Unir-se é igualar-se ao Todo,

E igualar-se é saber que somos todos do mesmo tamanho.

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DANÇA FEÉRICA

Adormecida nas profundezas de um Lago Negro,
Avistei teu reflexo nas águas...
Reflexo de mim mesma,
Espelho Místico Lunar.

Vislumbrei tua Dança Feérica pelos ares do infinito,
Tão Doce... Tão Livre,
Inspirando-me a, contigo, dançar.
E me recordastes das asas que também possuo,

Fada do Lago, Borboleta a voar.

Em teu sorriso, a mais Bela Flor.
Brilho Nostálgico,
Lembranças que deixamos nas Estrelas.
Encanto dos Deuses,

Feitiço da Lua.

Silencio.

Segredo.

Afogado Desejo

De mergulhar em teu Beijo.

Abismo Soturno.

Sono da Solidão.

A Sete Chaves,

Trancado Coração.

Dance comigo, Fada da Primavera!
Desperta-me do Sono Frio do Inverno.
Dance comigo, Fada da Primavera!
A Dança Cósmica das Feiticeiras...

Será que posso, agora, voar,

Se o que me remete aos Céus

É o Desejo de te amar?

E mesmo que um dia
Teus Bosques e Lagos
Mostrarem-me apenas horrendos predadores
E frondosos redemoinhos,
Tua Essência, eu já terei guardado,
Como o meu mais Precioso Talismã.

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Canto Élfico dos Ventos

 Qual bagagem você leva em seus ombros?

 O peso do medo e das ilusões

 Ou a Leveza do Ser?

 Na Jornada Cíclica da Vida,

 Tudo são Estações;

 Nada nem ninguém,

 Levamos conosco.

 Somos o Vazio,

 Silencioso e Puro,

 Como o Leve Sopro dos Ventos.

 Somente quando nos esvaziarmos de nós mesmos

 (ao nos despirmos dos personagens que interpretamos),

 Podemos nos preencher com o Simples e Essencial;

 O Vazio que somos realmente.

Tudo o que temos é a Magia do Momento;

O Silencioso Canto da Natureza!

E tudo o que levo em meus ombros

É a Bagagem do Desapego.

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Sabedoria do Carvalho

Oh Meu Sábio e Majestoso Carvalho!
Ensina-me a pacientemente esperar
O amadurecer dos Frutos da Vida,
E verdadeiramente aceitar
Que cada Árvore e cada ser tem seu próprio Fruto a oferecer.
Em momentos sombrios,
Recorde-me que toda Sombra é criada por uma Luz;
Que o Caminho do meio é a Sabedoria que te conduz,
Pois até mesmo as mais Belas Rosas são compostas de espinhos...

Após o Inverno, vem a Primavera:
Nenhuma Alegria ou Tristeza, na vida, é Eterna.
Tudo é o que é para a Natureza,
Com sua devida Importância e Beleza.

Quero ver a Vida através de teu Sábio Olhar,
Ver na Morte, um Renascer,
Ver no “fim”, Entardecer.
Para ti, Glorioso Carvalho,
Não há futuro, nem passado:
O instante é o que vives a cada momento,
Como o toque dos Ventos e do Orvalho.
Ensina-me a ver, nos Tornados da Vida,
Limpeza e Renovação;
Morar na Simplicidade
E viver o Saber Selvagem.

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Entre o Casulo e a Borboleta

Quando a Vida, de cabeça para baixo, nos pendurar,
Na verdade, Ela espera que olhemos para Ela
Através de um Novo Olhar.

Resignar o que não podemos modificar
É aceitar que, um Grão de Areia,
Somos no Universo,
E, em seu misterioso processo, confiar.

Deixe as perguntas para viver as respostas!
O Silêncio dos Deuses pode ser um Chamado à Voz Interior.

A maior Bênção da Vida
Pode estar escondida
Aos olhos que enxergam
Somente dor e vazio,
Entre a ceifa e o plantio,
Entre o Casulo e a Borboleta,
No Ritual Interno da Transformação.

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ÁGUIA DOURADA

Pelos Céus Outonais, eu voo.
Deságuo-me nos Rios
E morro com a Terra.
Abro minhas asas para o Amor.
Neste Voo, me liberto,
Pois permito ser quem eu sou.

Não quero perder o Dom das Asas,
Acorrentando-nos nas grades de nosso ego.
Quero apenas que voes comigo
Para aonde nos leva a Inocência das Águas,
Onde não há máscaras nem véus,
Para que, em nosso Uníssono Canto dos Desejos,
Nenhuma nota ofusque a beleza das outras.

Eu desejo ser tocada como as mais Belas Árvores,
Aquelas que nunca sentiram o sabor do vinho
Ou a textura do mais puro tecido.

E eu permaneço a voar,
Seguindo o Canto Sereno dos Pássaros.
E eu permaneço a voar nas alturas de meu ser.

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